segunda-feira, 18 de junho de 2012
O mercado de trabalho precisa abrir espaço para os Portadores de Necessidades Especiais (PNE´S). Por isso, em Campos, o Ministério Público do Trabalho, quer saber o número de portadores de necessidades especiais para que seja estudada a possibilidade de inserção no mercado de trabalho, e ainda, a relação das empresas que não estão aceitando, por questões burocráticas, para isso está contando com a ajuda da secretaria municipal de Família e Assistência, além das instituições que atendem a essa parcela da população. As vagas existem, por exemplo, amanhã, o Balcão Municipal de Emprego, vai abrir as portas com 13 vagas, sem experiência, mas com o ensino fundamental. Mas conseguir uma oportunidade não é nada fácil conta quem está feliz atuando na formalidade e ainda revela quem não teve a mesma chance.
Conforme a legislação trabalhista, toda empresa com mais de 100 funcionários deve respeitar a lei das cotas, ou se-ja, destinar entre 2% e 5% de suas vagas aos trabalhadores com algum tipo de deficiência.
O cadastro está sendo realizado pelas instituições na secretaria da Família e Assistência Social. O prazo para o cadastramento terminou na última sexta-feira, e pelo levantamento feito existem 40 pessoas portadores de necessidades especiais aptas para o trabalho no município. Segundo a assessoria de comunicação da secretaria da Família e Assistência Social, o coordenador do Serviço de Proteção Social para Pessoa com Deficiência, o “Campos para Todos”, Reginaldo Ferreira, esteve reunido, semana passada, na Procuradoria do Trabalho, em Campos, para tratar da questão das pessoas com deficiência que estão fora do mercado do trabalho e têm condições para tal. “Reginaldo Ferreira apresentou uma lista de 40 no-mes de pessoas aptas para o mercado. Cabe à Procuradoria do Trabalho apresentar essa lista às empresas particulares para a inserção deles, de acordo com a cota estipulada pelo governo federal, nas repartições”, informou a assessoria.
Segundo a presidente da Associação Norte Fluminense de Deficientes Físicos de Campos (Anfludef), Márcia Valéria Mothé do Nascimento, esse número pode ser ainda maior. Só na Associação existem 32 pessoas aptas a ingressar no mercado de trabalho. Mas, segundo ela, a dificuldade para que as empresas ofereçam oportunidade é ainda muito grande. “Agente encaminha os currículos, mas nem sempre as pessoas são convocadas. É preciso que as empresas tenham cons-ciência de que a deficiência, se-ja ela física ou mental, não im-pede que se exerçam determinadas tarefas dentro de uma empresa. Basta dar a oportunidade. O nosso cadastro aqui é grande e estamos sempre a procura de parceiros”, informou Márcia.
Alexandro de Oliveira, 42 anos, é um exemplo da falta de oportunidade. Ele é técnico em eletrônica e está há seis anos na informalidade. Não consegue emprego por ter perdido uma vista. Ele hoje lava carros no Centro de Campos, mas ainda tem esperança de ter a carteira assinada. “Queria muito que as empresas dessem mais oportunidade a nós que temos limitações, mas que somos capazes de trabalhar”, diz.
Já Enéas Rosa, 32 anos, teve mais sorte. Ele tem uma deficiência física e trabalha há oito anos como operador na rede de supermercado Superbom. “O trabalho para mim é muito importante. Com o meu salário ajudo em casa e também estou conseguindo comprar minhas próprias coisas e isso é muito importante”, declarou ele entusiasmado.
Lei — A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento), de 201 a 500 empregados é obrigada a disponibilizar 3% de 501 a 1000 empregados 4% de 1001 em diante 5% dos seus cargos. A lei não visa apenas diluir o preconceito existente, mas também, facilitar a inclusão deste grupo de pessoas na sociedade.
Fonte: http://www.fmanha.com.br
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