segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jardim sensorial é inaugurado para ajudar deficientes em Campos, RJ

O objetivo é aproximar da natureza pessoas com alguma deficiência.
Jardim foi construído na Av. Senador José Carlos Pereira Pinto, em Guarus





Um jardim sensorial foi inaugurado na manhã desta quinta-feira (18) em Campos dos Goytacazes. A iniciativa é da Secretaria de Meio Ambiente do município e do Instituto Federal Fluminense (IFF).

O objetivo é ajudar estudantes que tenham algum tipo de deficiência a se relacionarem com a natureza de maneira mais próxima.

O local trabalha com vários sentidos dos visitantes: é possível sentir as texturas das plantas, o aroma, o frescor da água e todas as muitas sensações provocadas pelo contato com a natureza.

O jardim foi construído no Centro de Educação Ambiental (CEA) na Avenida Senador José Carlos Pereira Pinto, em Guarus e foi feito em parceria da secretaria de Meio Ambiente com o Instituto Federal de Campos (IFF).

Este é o segundo jardim sensorial em Campos e ficará aberto para toda a comunidade, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) tem uma iniciativa parecida para os portadores de deficiência.

As pessoas que desejarem visitar o espaço podem fazer o agendamento pelo telefone: (22) 2738-1096. Basta pedir para falar com o departamento de Educação Ambiental.

Fonte: G1

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Consórcio CEDERJ abre vagas para vestibular

O consórcio CEDERJ, parceria firmada entre as instituições públicas presentes no Estado do Rio de Janeiro, a saber: UENF, UERJ, UFF, UFRJ, UFRRJ, UNIRIO e o CEFET/RJ , abre processo seletivo para ingresso em seus cursos superiores na modalidade Educação à Distância - EaD para o primeiro semestre letivo de 2013. As inscrições são válidas entre 19 de outubro e 04 de novembro de 2012. clique aqui para realizá-la.

Antes, leia o edital completo, clicando aqui. Na mesma página, confira o edital de isenção da taxa de inscrição, no valor R$45,00. No mesmo edital de insenção, confira também as determinações para requerer ingresso atráves das cotas e as determinações para comprovação. Atenção para as datas e obrigações específicas. Os pedidos de particiapação pelas cotas acontem entre 10 e 15 de setembro.  

Os cursos ofertados pela união das instituições são na modalidade de Educação à Distância, ocorrendo alguns encontros presenciais no pólo a qual o candidato se inscreveu. A seleção oferece um total de 6.305 das quais parte é destinada aos deficientes. Confira detalhes dos pólos, quantidade de vagas para cada e as instituições que oferecem cotas nos editais, através dos links desta matéria





terça-feira, 2 de outubro de 2012







visual, professora que dá aula em Piracicaba relata superação


Érica passou dois anos lecionando história sem a ajuda de um assistente.
Ela sofreu complicações no parto e aos 16 perdeu completamente a visão.






A professora Érica Aparecida de Fátima dos Santos, de 30 anos, dá aulas de história como temporária em escolas estaduais de Piracicaba (SP) há três anos. Além das dificuldades inerentes a lecionar para adolescentes e atuar na rede pública, a piracicabana ainda precisa se desdobrar diariamente para enfrentar a deficiência visual sem prejudicar o aprendizado dos alunos.


Quando Érica nasceu, problemas no parto deixaram sequelas na sua visão. À medida que foi crescendo, a professora perdeu gradualmente a visão até ficar completamente cega aos 16 anos. Durante a readaptação, descobriu a vocação para ensinar. "Depois que passei pelo processo de adaptação, passei a ensinar braile e descobri que tinha vocação para lecionar. Como gostava de história, fiz o vestibular e passei", relatou.


Na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), que é adaptada para deficientes, Érica foi prevenida sobre as dificuldades que enfrentaria após se formar. "Uma professora me falava das minhas limitações e de como poderia superá-las. Ela me orientou sobre o meu direito de solicitar um assistente e me preveniu que não seria fácil".


Adaptações
Há um ano, Érica conseguiu, por meio de processo judicial, um professor assistente encarregado de escrever a lição na lousa e auxiliar na questão disciplinar. Até então a professora se encarregava sozinha de todo o trabalho, que vai além do conhecimento da matéria. "No meu primeiro ano, o Estado rejeitou meu pedido por um auxiliar. Então precisei requisitá-lo na justiça", afirmou.


Sem a ajuda de um assistente com visão da sala de aula nos dois primeiros anos, a professora elaborou adaptações ao próprio trabalho. "Como eu não conseguiria passar a matéria na lousa, fazia todo o conteúdo no meu computador (sonorizado) e passava para a turma ou deixava uma cópia com o representante de classe", explicou.


Para ministrar provas, sempre havia um funcionário da escola para garantir que os alunos não fraudassem o exame. Para corrigi-las, ela recorria à mãe e a irmã, que liam as respostas para que ela apontasse erros e acertos. O principal problema foi conter casos de indisciplina. ""Pelo fato de eu não enxergar, os alunos acham que tem uma liberdade que não encontram com outros professores. É duro quando 30 alunos estão falando ao mesmo tempo e saber que se eu enxergasse bastava uma repreensão para eles se calarem", disse.


Parceria e rendimento
Apesar de ter conseguido "sobreviver" dois anos sem o auxiliar, Érica admite que o seu desempenho e o andamento das aulas é inferior sem esse auxílio. "Mesmo conversando com os alunos e sendo respaldada pela diretoria, não adianta achar que não precisava do auxiliar, pois precisava", contou.


O professor de matemática Murilo Feliciano, de 20 anos, está há três meses atuando como os "olhos" de Érica, seja lendo provas, escrevendo na lousa ou apontando o aluno responsável pela conversa em sala de aula. "Para mim está sendo uma experiência boa dentro da sala de aula, mesmo fora da minha área", disse.


Superação
Érica sente-se na obrigação de representar um exemplo para deficientes visuais. O Estado não respondeu ao questionamento sobre o número de deficientes visuais em salas de aula da rede estadual, mas ela afirma que não é uma prática. Por ser uma das poucas, a professora crê que um erro ou uma desistência podem prejudicar a inserção de deficientes na área. "O deficiente visual nem desistir pode", completou.